Estou há pouco mais de um ano fazendo um livro de gravuras, que já tem vinte páginas impressas. Apesar das dificuldades, resolvi imprimir em todas as faces das páginas, o que requer alguns cuidados. Também aproveito para mostrar um pequeno truque em matrizes de seis e oito imagens, como usar uma 'gabarito' para ter
algum registro (não é um registro perfeito, mas ajuda a manter alguma referência).
Matriz com seis imagens, cada uma virou uma página.
O papel que usei foi um sulfite comum, mas como algumas partes em volta pegam tinta e acabam saturando rápido o papel aconselho utilizar folhas acetinadas, que vão durar umas oito cópias. Para mim foi o suficiente, mas alguns projetos maiores podem pedir outros materiais mais impermeáveis (ou que não se passe tanto a tinta nas imagens ao lado).
Detalhe da gravura a ser impressa. A moldura
tem o tamanho do papel que será utilizado.
Na segunda cópia tive que colocar uma folha avulsa à esquerda, pois fui descuidado e a tinta pegou na imagem ao lado, resultando uma cópia suja e mais trabalho. Considere o que é errar na quarta impressão de uma folha que já tem três imagens impressas!
Muitas vezes, quando se imprime com a colher de madeira, seja pela falta de uma prensa (meu caso) ou por matrizes tortas e rachando (caso desta matriz), as costas do papel ficam marcadas de alguma maneira. Para evitar marcas nas faces das páginas, impressas ou não, eu utilizei papel manteiga para proteger as folhas dos livro. A parte mais lisa fica para cima.
Folha com imagem já impressa e papel manteiga de proteção
Este caso foi mais complicado. São
quatro pares de flores, e calculei a distância entre elas para que o primeiro e terceiro par fossem impressos de uma vez só. Assim teria duas páginas impressas de uma só vez! Depois bastou imprimir o segundo e quarto par. Mas a máscara tem um recoste mais complicado que a janela retangular. Por outro lado, ela já foi feita no tamanho do papel do livro e de maneira a alinhar
perfeitamente razoavelmente as imagens em suas respectivas páginas.