Poucos sabem flutuar nos azuis
profundos de um céu de pouca luz.
Os olhos que querem muito ver
desistem fácil das delicadezas.
Um céu noturno, quase sem lua,
ecoa um sussurro luminoso,
revelando tênues silhuetas
de morros, lagos, e linhas de transmissão.
Ergue-se os olhos e o azul que vibra
estremece ainda que imóvel o céu noturno,
e a alma incerta no arco se localiza,
o arco da abóbada de uma construção sem paredes.
A alma, um momentâneo centro de uma curva indescritível.
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(Revendo alguns poemas que fiz, creio ser este o único que escapou da febre juvenil)